A reunião foi fruto de um encontro no dia 28 de fevereiro com o chefe de gabinete do governador, Vinícius Wu, com as lideranças das associações de moradores. Na ocasião, o governo se comprometeu em promover o debate com os três secretários envolvidos na questão, ou seja, da Justiça e Direitos Humanos, da Habitação e do Meio Ambiente. A diretora da Associação dos Moradores da Padre Cacique, Nádia Pacheco, salientou que a prioridade dos moradores é a regularização fundiária, mas que também defendem um novo projeto para a Fase e o parque. Além disso, Nádia questionou porque a reunião estava sendo somente com um secretário, já que o chefe de gabinete do governador disse que iria promover um encontro com os três secretários. Moradora desde que nasceu na vila Padre Cacique, Nádia afirmou que os moradores não aceitam ser chamados de invasores. “Eu moro há 53 anos na Padre Cacique. Tem pessoas vivendo há 60 anos na vila Gaúcha. Não aceitamos ser taxados de invasores. Nós defendemos o desmembramento das matrículas da área da Fase e queremos saber o que o governo está pensando sobre isso”, disse ela. O diretor do Sindicato dos Engenheiros (Senge), integrante do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa, Vinícius Galeazi, apresentou a Carta de Intenções do movimento, salientando as 46 entidades que assinam o documento, entre elas, a Ajuris (Associação dos Juízes do RS). O secretário Fabiano Pereira disse que acompanhou todo o processo do PL 388/09 na Assembleia Legislativa. “O governo tem tratado o assunto com muita seriedade e responsabilidade. Os três secretários envolvidos já reuniram umas quatro vezes com o secretário-geral Estilac Xavier. Ainda não existe nenhuma decisão de governo. Estamos construindo uma opinião”. Mas quanto à unidade da Fase da Padre Cacique, Fabiano adiantou que esta deverá ser desativada, pois o judiciário já mandou interditar a unidade. O governo conseguiu negociar mais prazo e o objetivo é construir novas unidades em Osório e Santa Cruz para conseguir esvaziar o prédio. Morador da vila União Santa Teresa, Ronaldo ressaltou que os moradores precisam de uma definição política, pois existe uma pressão muito grande. “Tem casas em áreas de risco que podem cair a qualquer chuva mais forte. Na vila União já desmoronou uma parte do morro atrás da minha casa. Pode haver morte”, afirmou. Acompanhando a audiência, a presidente da Câmara de Vereadores, Sofia Cavedon, falou da importância do governo realizar a concessão coletiva da área e ir fazendo passo a passo a urbanização. Fabiano Pereira se comprometeu em fazer um relatório da reunião e encaminhar para o secretário Estilac Xavier com a solicitação de convocar os demais secretários para uma reunião de trabalho o mais breve possível. Fonte: Katia Marko (Engenho Comunicação e Arte) Foto: Elson Sempé Pedroso (Câmara dos Vereadores de Porto Alegre) |
terça-feira, 15 de março de 2011
Moradores são recebidos pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos
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