Adnamar Santos*
Marcos Roberto Brito de Carvalho**
Milionário projeto de saneamento e recuperação dos igarapés de Manaus, financiado pelo BID, revela-se uma triste ilusão e prejudica a vida dos moradores ribeirinhos; empreiteiros, por outro lado, têm motivos para querer mais.
Manifestação das famílias solicitam a execução do projeto de urbanização da comunidade. |
Finalmente, as obras têm início em 2003. No entanto, devido ao descaso, falta de planejamento e às péssimas condições de trabalho, como a utilização de máquinas sucateadas, sete casas desabaram. Os moradores reagem, fechando avenidas e exigindo um posicionamento das autoridades.
Neste mesmo ano, o governo do Estado consegue a aprovação de um empréstimo de US$ 200 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM). Devido ao desabamento, o governo estadual assume, através de um Plano Emergencial, os trabalhos no Igarapé da Cachoeirinha - que não constavam originalmente no PROSAMIM.
(...)
O pesadelo traz à realidade o que está escrito no projeto é bonito e remete para os moradores a possibilidade de re-começarem as suas vidas. O sonho parecia possível, já que estava contemplado no projeto. Mas, infelizmente, as lutas sob sol e chuva, durante tantos e tantos anos, não resultaram em melhoria da qualidade de vida.
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Audiência pública debate a implementação do Programa |
* Adnamar Santos é assessor de Projetos Sociais e membro da Coordenação do Fórum Nacional de Reforma Urbana. E-mail: adnamarmota@hotmail.com
** Marcos Roberto Brito de Carvalho é coordenador da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que fica na margem do Igarapé da Cachoeirinha - Assessor do Fórum de Habitação Popular da Cidade de Manaus. E-mail: socramrb@bol.com.br
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