Comunicado de Imprensa: Dia Internacional do(a) Trabalhador(a) – 1º de Maio de 2012
"Preocupem-se com os pobres e não apenas com os lucros" – vendedores informais do Brasil enviam carta a FIFA.
Por ocasião do Dia Internacional do(a) Trabalhador(a), a CUT, a StreetNet Internacional e o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos reivindicam que a FIFA mantenha sua promessa de identificar abordagens "construtivas" ao comércio de rua durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A StreetNet internacional, a CUT-Brasil e o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos escrevem na ocasião do 1º de Maio para reivindicar que a FIFA mantenha sua promessa de identificar abordagens "construtivas" ao comércio de rua durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
"Comerciantes informais são trabalhadores que trabalham para tirar um sustento honesto para suas famílias. A FIFA precisa seriamente repensar sua política de criação de zonas de exclusão ao redor dos estádios e fan parks, devido ao seu impacto negativo sobre um dos grupos mais vulneráveis da população urbana de baixa renda", afirmou Manoel Messias Melo, Secretário de Relações de Trabalho da CUT Nacional.
"A FIFA tem o poder de realmente mudar a cara da Copa do Mundo no Brasil", disse Nora Wintour, da StreetNet Internacional. "Será que os torcedores de futebol vão se sentir bem em andar pelo estádio sabendo que a FIFA foi responsável por destruir os meios de vida de comerciantes informais locais? Não, eles não vão. Fomos convidados a apresentar propostas viáveis. Nós as apresentamos hoje ", explicou ela.
"Vamos dar a oportunidade da FIFA mostrar que este não é apenas mais um exercício de relações públicas. A StreetNet realizou uma ampla consulta e identificou mais de 80 organizações de vendedores informais nas 12 cidades-sede. Temos algumas propostas práticas sobre como os municípios podem trabalhar com as organizações de vendedores informais agora, durante a Copa do Mundo e a longo prazo. A CUT e o Centro Gaspar Garcia já trabalharam com as organizações de ambulantes para desenvolver essas demandas", Nora Wintour acrescentou.
Maria, liderança da organização de vendedores informais MUCA – Movimento Unido dos Camelôs, filiada à CUT no Rio de Janeiro, explicou: "Nós ouvimos o que aconteceu com os vendedores informais na África do Sul. Disseram para nos organizar e exigir nosso direito de trabalhar durante a Copa do Mundo. Sentimos que a nossa causa é justa. A FIFA e todos os diferentes níveis de governo no Brasil devem mostrar que se preocupam com os pobres, não apenas os lucros".
As organizações recomendam:
(1) que a FIFA encoraje as autoridades municipais a estabelecer ou utilizar os já existentes fóruns de negociação para dialogar com organizações representativas de todos vendedores informais nas diferentes cidades sede;
Maria, liderança da organização de vendedores informais MUCA – Movimento Unido dos Camelôs, filiada à CUT no Rio de Janeiro, explicou: "Nós ouvimos o que aconteceu com os vendedores informais na África do Sul. Disseram para nos organizar e exigir nosso direito de trabalhar durante a Copa do Mundo. Sentimos que a nossa causa é justa. A FIFA e todos os diferentes níveis de governo no Brasil devem mostrar que se preocupam com os pobres, não apenas os lucros".
As organizações recomendam:
(1) que a FIFA encoraje as autoridades municipais a estabelecer ou utilizar os já existentes fóruns de negociação para dialogar com organizações representativas de todos vendedores informais nas diferentes cidades sede;
(2) que, nos Fan Miles ao redor dos estádios e nos Fan Parks, 50% dos estandes sejam reservados para comerciantes informais locais que vendem comida típica e bebidas da região, além de produtos artesanais. Estes estandes devem ser atribuídos à vendedores informais através de um processo participativo, conforme estabelecido pelos fóruns de negociação, e a preços acessíveis, dando prioridade a cooperativas ou outras iniciativas de economia social de ambulantes possuíndo licenças válidas ou não. Caso contrário eles perderão seus espaços de venda.
(3) que alternativas adequadas para o comércio informal em cada município sejam desenvolvidas de forma consultiva; estes espaços de comercialização devem ser 50% financiado pela FIFA e devem ser concebidos como soluções de longo prazo para serem colocados em prática durante e após a Copa do Mundo, em jogos rotineiros ou eventos em torno destes estádios, Fan Miles e Fan Parks, de modo que também haja um legado social da Copa do Mundo para os comerciantes informais.
Para mais informações:
Contato: Streetnet Internacional:
Sharon Pillay (Diretora de Mídia e Publicidade) sharonpillay4@yahoo.com
Nora Wintour (Coordenadora de Campanhas) norawintour@live.co.uk
Maira Vannuchi (Consultora StreetNet Brasil) mairavannuchi@gmail.com
Central Única dos Trabalhadores - CUT Nacional – Crystiane Peres: crystiane@cut.org.br
Centro de Gaspar Garcia de Direitos Humanos – Luciana Itikawa: luciana.itikawa@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário